quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Catalizadores

Desde a descoberta do monóxido de carbono (CO), sabia-se que se pode fazer o gás unir-se com o oxigênio para formar o gás dióxido de carbono (CO2). Esta reação provoca a chama azul que vemos sobre as jazidas de carvão. Entretanto, quase no final do século dezoito, soube-se que, para que a reação tenha lugar, é necessária a presença de uma certa quantidade de água. Essa quantidade é mínima, mas sua presença acelera acentuadamente a reação. As medidas provam que a água não entra na reação. Após a reação, há exatamente a mesma quantidade de água que havia no início, mas sua presença, de algum modo, facilita a reação. 
Nas primeiras décadas do século XIX, muitas reações similares foram noticiadas, todas tendo uma característica em comum — a razão de trocas químicas foi grandemente aumentada pela presença de certas outras substâncias em quantidades extremamente reduzidas. Berzelius sugeriu em 1838 que tais substâncias aceleram uma reação química “acordando as afinidades adormecidas das substâncias” induzindo-as, dessa maneira, a combinar-se. Ele introduziu o termo catálise para esta classe de reação. A substância que provoca a catálise é chamada de catalisador ou de 'agente catalítico'. A quantidade de um catalisador necessária para certas reações é incrivelmente pequena.
Exatamente como funcionam tais catalisadores, é coisa que ainda está muito longe de ser completamente compreendida. De todo modo, eles se transformaram em uma parte indispensável da moderna indústria química. Centenas deles são usados para acelerar ou retardar importantes reações, ou para aumentar o rendimento de processos que de outra maneira seriam comercialmente impraticáveis. Eles podem ser chamados, de modo hilário, de párocos químicos, pois unem os elementos em matrimônio, não se envolvendo eles próprios, entretanto. 
Os agentes catalíticos têm sido indispensáveis desde o principio da indústria química. Uma de suas aplicações mais importantes tem sido na fabricação do ácido sulfúrico (H2S04). O ácido sulfúrico é o 'pau para toda obra' de nossa civilização moderna. É utilizado na fabricação de fertilizantes, no refino do petróleo, na limpeza dos metais antes da galvanização, nas baterias elétricas, na manufatura do raiom, corantes e explosivos e em incontáveis outros produtos.

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